"O fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. O Direito não é uma simples idéia, é força viva. Por isso a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, com que pesa o Direito, enquanto na outra segura a espada, por meio da qual se defende. A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça bradir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

-- Rudolf Von Ihering

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IDIOMA DESEJADO.

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quinta-feira, 31 de maio de 2012

ONU pede o fim da Polícia Militar.

Os países do Conselho de Direitos Humanos recomendaram que o Brasil suprima a Polícia Militar
Brasília. O Conselho de Direitos Humanos da ONU pediu ontem ao Brasil mais esforços para combater a atividade dos "esquadrões da morte" e que trabalhe para suprimir a Polícia Militar, acusada de assassinatos.

ONU pede que o Brasil garanta que os crimes cometidos por policiais sejam investigados FOTO: JOSÉ LEOMAR

Esta é uma de 170 recomendações que os membros do Conselho de Direitos Humanos aprovaram ontem como parte do relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre o Exame Periódico Universal (EPU) do Brasil, uma avaliação à qual se submetem todos os países.

A recomendação em favor da supressão da PM foi obra da Dinamarca, que pede a abolição do "sistema separado de Polícia Militar, aplicando medidas mais eficazes (...) para reduzir a incidência de execuções extrajudiciais".

A Coreia do Sul falou diretamente de "esquadrões da morte" e Austrália sugeriu a Brasília que outros governos estaduais "considerem aplicar programas similares aos da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) criada no Rio de Janeiro".

Já a Espanha solicitou a "revisão dos programas de formação em direitos humanos para as forças de segurança, insistindo no uso da força de acordo com os critérios de necessidade e de proporcionalidade, e pondo fim às execuções extrajudiciais".

O relatório destaca a importância de que o Brasil garanta que todos os crimes cometidos por agentes da ordem sejam investigados de maneira independente e que se combata a impunidade dos crimes cometidos contra juízes e ativistas de direitos humanos.

A França, por sua parte, quer garantias para que "a Comissão da Verdade criada em novembro de 2011 seja provida dos recursos necessários para reconhecer o direito das vítimas à justiça".

Muitas das delegações que participaram do exame ao Brasil concordaram também nas recomendações em favor de uma melhoria das condições penitenciárias, sobretudo no caso das mulheres, que são vítimas de novos abusos quando estão presas. 



http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1143579

quarta-feira, 30 de maio de 2012

CIRCO MONTREAL -KM 42/SEROPÉDICA-RJ

quarta-feira, 23 de maio de 2012

BRASIL, GUERRILHA E TERROR - A Verdade Escondida.



QUAL A VERDADE?
AMBOS OS LADOS TORTURARAM
MOTIVAÇÃO: PODER




Frei Betto diz que Comissão da Verdade é passo para punições


BY 

SÃO PAULO - Ex-preso político e autor de três livros sobre vítimas da ditadura, o frade dominicano Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, teme que a Comissão da Verdade se torne uma comissão da vaidade. Para ele, ainda que se ouçam os dois lados, não se pode comparar os agentes da ditadura aos militantes políticos. Frei Betto diz lamentar que a comissão seja da “verdade e não da justiça”. Para ele, no entanto, esse pode ser o primeiro passo para a responsabilização dos torturadores.
GLOBO: Quais suas expectativas quanto à Comissão?
FREI BETTO: Foi muito importante a nomeação dessa comissão. Só lamento que seja só da Verdade e não da Justiça. Não é uma comissão que tem poder de convocar, vai quem quer, e muito menos o poder de encaminhar para os tribunais. Espero que ela encontre o destino dos desaparecidos e os arquivos das Forças Armadas, até hoje fechados.
O sr. disse que há um risco de ser uma Comissão da Vaidade.
FREI BETTO: Logo que os nomes saíram à luz, cada um começou a dizer uma coisa e eram coisas díspares. A comissão agora, eu espero, está acertando os ponteiros e método de trabalho.
O sr. colocou sob suspeição a indicação do ministro Gilson Dipp, do STJ.
FREI BETTO: Ele trabalhou na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (da OEA) quando se apurou a Guerrilha do Araguaia. Ele se posicionou contra o parecer das famílias dos desaparecidos.
Mas temos uma voz atuante pelas famílias que é a da Rosa Maria Cardoso da Cunha. Isso não joga um certo equilíbrio?
FREI BETTO: Acho que o advogado, em si, é uma pessoa neutra. Tem aí o (ex-ministro da Justiça) Márcio Thomaz Bastos defendendo o (Carlinhos) Cachoeira. O advogado não pode negar a defesa. Rosa não pode ser considerada parcial. Ela é imparcial. Poderia aceitar amanhã a defesa de um torturador. Isso não configura parcialidade. No caso do precedente do Dipp, sim. Ele defendeu o Estado que não investigou suficientemente, segundo a OEA, os desaparecidos do Araguaia.
Existe uma pressão para que se passe a limpo os crimes?
FREI BETTO: Sim. O Brasil é uma exceção. Todos os países que passaram por ditaduras militares ou civis, na América Latina, tiveram investigação, punição. O Brasil está amordaçado por uma lei injusta, que é a Lei da Anistia, que nivela assassinos e assassinados, torturadores e torturados. Isso é uma aberração.
O sr. acredita que os membros adotado um tom conciliador?
FREI BETTO: Isto não tem sentido: ouvir os dois lados. É uma posição manifestada por duas pessoas, Dipp e José Carlos Dias. Pode-se ouvir todo mundo, mas não querer comparar os dois lados. Uma coisa é uma ditadura, uma opressão, um Estado de violência. Outra coisa são aqueles que defendem princípios e ideias e que seguiram o princípio tomista, de Santo Tomás de Aquino, de que, quando uma tirania é violenta e irremovível por via pacífica, é direito do cidadão reagir com as armas.


































Morte do capitão Chandler: Casa Branca espera perdão da Sra Rousseff


Do Observatório de Inteligência
Por Orion Alencastro
12 de outubro de 2011
O empenho do governo tupiniquim pela criação da Comissão da Verdade abre uma esperança para a Casa Branca e o Departamento de Estado receber a visita da Sra. Rousseff com o pedido de desculpas ao presidente Barack Obama pelo sequestro do embaixador americano Charles Albright e assassinato do capitão Charles Chandler, em 12 de outubro de 1968. O seu antecessor, Mr. Da Silva, com sua habitual "magnanimidade", pediu desculpas aos africanos pelo escravagismo que os negros sofreram no Brasil.
A Comissão da Verdade terá como relator o "insuspeito" senador Aluisio Nunes Ferreira Filho, veterano terrorista da Aliança de Libertação Nacional que, também, se envolveu nas operações do sequestro do embaixador e fuzilamento do capitão Chandler, entre outros crimes. Hoje, desfrutando dos louros da anistia, com saudades das tardes em Paris.


Casa Branca com as portas abertas para receber o perdão ao governo dos EUA e à familia do capitão Chandler
A ex-guerrilheira da Vanguarda Popular Revolucionária não se olvidaria do bárbaro ato perpetrado pelo seu time de terroristas. Charles Rodney Chandler, capitão herói da guerra no Vietnã, encontrava-se no Brasil para um curso na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Um "Tribunal Revolucionário", integrado por dirigentes da VPR, formado por Onofre Pinto, João Carlos Kfouri Quartim de Morais e Ladislas Dowbor, condenou o jovem oficial do exército dos Estados Unidos à morte, simplesmente por considerá-lo um agente da CIA.
Dulce de Souza Maia, conhecida pela alcunha de Judite, encarregou-se do levantamento do cotidiano do jovem oficial da US Army. No dia 12 de outubro de 1968, há exatos 43 anos, quando o capitão Chandler retirava seu automóvel da garagem para ir ao curso de sociologia, na Rua General Jardim, foi friamente assassinado com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver, na frente da sua esposa Joan e seus 3 filhos.
O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo Oliveira (Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito). Todos passam muito bem, obrigado. Diógenes ingressou no PT do Rio Grande do Sul e foi presidente do Clube de Seguros da Cidadania de Porto Alegre, entidade que se encarregou de angariar fundos para o PT. Quartim de Morais consagrou-se professor da UNICAMP e Ladislas na PUC de São Paulo, com as bençãos e bolsas de indenização da anistia.



Um esperado gesto que dará dignidade às relações Brasil-EUA, agora com o perdão pelo frio assassinato do capitão Chandler.
No marco do Estado Democrático de Direito, a sra. Hillary Clinton nutre esperanças de que o amigo brasileiro, ministro Antonio de Aguiar Patriota, Chefe do Itamaraty ex-embaixador em Washington, a qualquer tempo viabilize o encontro da Sra. Rousseff com o colega presidente Barack Obama na Casa Branca para reparar o odiendo crime praticado pela sua facção que traumatizou uma família, repercutiu contra a imagem e o conceito da pacífica nação brasileira e chocou o presidente Lindon Johnson.
Duvide-se da concretização de tal possibilidade pelo fel que perdura nos corações daqueles que mancharam suas consciências na mentira de combater uma contra-revolução de defesa do povo democrático para impor com armas uma ditadura comunista animada com o trampolim de Cuba e na órbita da falida URSS.
Hoje, todos desfrutam do endinheiramento e do conforto do capitalismo, muitos aparelhando o Estado e uns tantos aplaudindo a futura "Comissão da Inverdade" que não contará as manchas da história dos que tingiram suas mãos com sangue de brasileiros pela insanidade ideológica a serviço do Movimento Comunista Internacional. (OI/Brasil acima de tudo).
http://rvchudo.blogspot.com.br/2012/05/morte-do-capitao-chandler-casa-branca.html



https://www.facebook.com/sergiocerqueiraborges/posts/139103452891569?comment_id=167788&ref=notif&notif_t=like











Leonel Brizola. A última entrevista dada ao jornalista Eduardo Homem de Carvalho








1964: Golpe militar a serviço de um Golpe de classe

22/05/2012
Embora tardiamente, enfim, a Comissão da Verdade foi instaurada para trazer à luz os crimes, as torturas, as violências e os desaparecimentos perpetrados pelos agentes do Estado de cunho ditatorial. Deve fazer justiça às vítimas que sobreviveram e aos parentes e amigos dos desaparecidos. Importa enfatizar a natureza diferente da violência praticada pelo Estado de terror  e aquela dos que resistiram, mesmo com armas na mão. A do Estado é perpetrada em contradição à função do Estado como Estado. Só ele tem o uso legítimo da violência (só a ele cabe prender, julgar e punir). Mas é seu dever proteger a vida daqueles que estão sob sua guarda. Se não o faz, seviciando, torturando e até assassinando, comete um crime e se transforma num Estado de terror. Foi o que ocorreu no Brasil e em vários países da América Latina. Aqui importa honrar a dignidade da Presidenta Dilma Rousseff que foi torturada durante uma semana e hoje, sem rancor e mágoa, é comandante em chefe das Forças Armadas que carregam pesada memória por aquilo que pela força impuseram ao país.
1.O contexto maior da violência do Estado
O objeto da Comissão da Verdade deve sim, tratar dos crimes e dos desaparecimentos. É sua tarefa precípua e estatutária. Mas não pode se reduzir a estes fatos. Há o risco de os juízos serem pontuais e os casos derivarem numa casuística indesejada. Precisa-se analisar o contexto maior que permite entender a lógica da violência estatal e explica a sistemática produção de vítimas. Mais ainda, deixa claro a perversidade que foi a banalização da suspeita, das denúncias, das espionagens e da criação de um ambiente de medo generalizado e desencorajador.
Cabe, a meu ver, à Comissão da Verdade, proceder a um trabalho complementar: depois de ter levantado os dados da violência de Estado e de suas vítimas, cumpre fazer um juízo ético-político sobre todo o período ditatorial que se prolongou por 21 anos (1964-1985). Por que tal tarefa é imprescindível e de grande relevância moral? Porque vítimas não são apenas os que sentiram em seus corpos a truculência dos agentes do Estado. Vítimas foram todos os cidadãos. Foi toda a nação.
2.O “Golpe militar” como crime lesa-pátria
Importa dizer com todas as palavras que o assalto ao poder foi um crime contra a constituição. Foi rasgar as leis e em seu lugar instaurar o arbítrio. Foi uma ocupação violenta de todos os aparelhos de Estado para a partir deles montar uma ordem regida por atos institucionais, pela tirania, pela repressão  e pela violência.
Nada mais dilacerador das relações sociais que a ruptura do contrato social. É este que permite a todos conviverem com um mínimo de segurança e de paz. Quando este é anulado, no lugar do direito entra o arbítrio e no lugar da segurança vigora o medo. Basta a suspeita de alguém ser subversivo para ser tratado como tal. Mesmo detidos e sequestrados por engano, mas suspeitos como opositores, como ocorreu com muitos inocentes camponeses, para logo serem submetidos a sevícias e a sessões intermináveis de torturas. Muitos não resistiram e sua morte equivale a um assassinato. Não devemos deixar passar ao largo, os esquecidos dos esquecidos que foram os 246 camponeses mortos ou desaparecidos entre 1964-1979. Esperamos que a Comissão da Verdade traga sua paixão e morte à luz da verdade.
Retomando o tema: o que os militares cometeram foi um crime lesa-pátria. Alegam que se tratava de uma guerra civil, um lado querendo impor o comunismo e o outro defendendo a ordem democrática. Esta alegação não se sustenta. O comunismo nunca representou uma ameaça real. Na histeria da guerra-fria, todos os que queriam reformas na perspectiva dos historicamente condenados e ofendidos – as grandes maiorias operárias e camponesas – eram logo acusados de comunistas e e de marxistas, mesmo que fossem bispos como Dom Helder Câmara. Contra eles não cabia apenas a vigilância, mas a perseguição, a prisão, o interrogatório aviltante, o pau-de-arara feroz, os afogamentos desesperador e os alegados “suicídios” que camuflavam o puro e simples assassinato. Em nome de combater o perigo comunista, assumiram a lógica comunista-estalinista da brutalização dos detidos. Em alguns casos se incorporou o método nazista de incinerar cadáveres como admitiu o ex-agente do Dops Cláudio Guerra.
3. O capitalismo selvagem como o grande inimigo
O grande perigo no Brasil e na América Latina sempre foi o capitalismo selvagem que criou o maior fosso de desigualdades  entre ricos e pobres, sem paralelos no mundo até os dias atuais. Esse capitalismo sugou a população brasileira por séculos. No dizer de Capistrano de Abreu, nosso historiador mulato, “capou e recapou, sangrou e ressangrou” as multidões de nossa população, sem direitos e sem defesa.
O Estado ditatorial militar, por mais obras que  tenha feito, fez regredir política e culturalmente o Brasil. Expulsou ou obrigou ao exílio nossas inteligências mais brilhantes como Paulo Freire, Josué de Castro, Álvaro Oliveira Pinto, Darcy Ribeiro, Fernando Henrique Cardoso,  Betinho, Leandro Konder, Luiz Alberto Gómes de Souza, Luis Gonzaga de Souza Lima só para citar alguns  nomes entre dezenas de outros notáveis.
Que perigo poderiam representar jornalistas como Zuenir Ventura, Luis Fernando Veríssimo, Ziraldo, Heitor Cony, Miriam Leitão e os cantores Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, novamente para citar alguns entre tantos, para serem detidos e interrogados?
4. Os danos causados à nação
A repressão e o medo abortaram o desenvolvimento de nossa intelectualidade que começava, de forma promissora, a pensar o Brasil a partir do Brasil. Abafaram lideranças políticas e condenaram a muitos, sem princípios éticos e sem sentido de brasilidade, a serem seus súcubos, recompensados com benesses desde estações de rádio, jornais e canais de televisão.
Portanto, a nação inteira foi agredida e exposta à irrisão internacional. Os que deram o golpe de Estado que, como logo veremos, foi principalmente um golpe de classe, devem ser responsabilizados moralmente por esse crime coletivo contra o povo brasileiro. Não foram seus benfeitores mas aqueles que os mantiveram na ignorância, na minoridade e numa atmosfera de permanente medo.
Permito-me referir um caso pessoal: quando publiquei meu livro Jesus Cristo Libertador em princípios de 1972 tive que me esconder por uma semana. A palavra “libertador” e “libertação” era oficialmente proibida. Por causa disso já era procurado para me explicar. O advogado da Vozes, um ex-pracinha, portanto um militar competente e moderado, teve muito trabalho para convencer os órgãos de repressão de que havia um equívoco, pois se tratava de teologia e não de política. Bastava ver os longos rodapés quase todos citando  literatura alemã (acabava de regressar de meus estudos na Alemanha) para provar a minha inoperância subversiva. Escapei de ser interrogado, embora a vigilância continuasse forte, a ponto de sempre ter que viajar acompanhado e falando com o companheiro numa língua estrangeira  para despistar os seguidores. A estupidez oficial era tanta que em Porto Alegre deu-se ordem de busca e prisão ao Senhor Medellin. Mal sabia o oficial que nunca existiu um Senhor Medellin. Tratava-se dos documentos de viés libertador da Conferência Latino-Ameriana de Bispos realizada na cidade colombiana de Medelin em 1969.
5. Golpe de classe com apoio do golpe militar
Os  militares abandonaram o poder e pelos acertos da Anistia Geral e Irrestrita para ambos os lados (ainda sujeita à análise de sua validade jurídica) garantiu sua impunidade e intangibilidade. Em nome deste status resistem ao que foi aprovado pelo Parlamento e feito ação de Estado e não de Governo: a instauração da Comissão da Verdade. E ainda, como se tivessem algum poder que, na verdade é inexistente e vazio, através de porta-vozes desafiam a Presidenta e outras autoridades civis. A melhor resposta é o silêncio e o desdém nacional para a  vergonha internacional deles.
Os militares que deram o golpe se imaginam que foram eles os principais protagonistas desta nada gloriosa história. Na sua indigência analítica, mal suspeitam que foram, na verdade, usados por forças muito maiores que as deles. René Armand Dreifuss escreveu sua tese de doutorado na Universidade de Glasgow com o título: 1964: A conquista do Estado, ação política, poder e golpe de classe (Vozes 1981). Trata-se de um livro com 814 páginas das quais 326 de documentos originais. Por estes documentos fica demonstrado: o que houve no Brasil não foi um golpe militar, mas um golpe de classe com uso da força militar.
A partir dos anos 60 do século passado se constituiu o  complexo IPES/IBAD/GLC.  Explico: o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES fundado em 29 de novembro de 1961), o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), o Grupo de Levantamento de Conjuntura (GLC) e mais tarde,  oficiais da Escola Superior de Guerra (ESG), formando uma rede nacional composta por grandes empresários multinacionais, nacionais, banqueiros, órgãos de imprensa, intelectuais e alguns militares, a maioria listados no livro de Dreifuss. O que os unificava, diz o autor “eram suas relações econômicas multinacionais e associadas, o seu posicionamento anticomunista e a sua ambição de readequar e reformular o Estado”(p.163) para que fosse funcional a seus interesses corporativos. O inspirador deste grupo era o General Golbery de Couto e Silva que já em “em 1962 preparava um trabalho estratégico sobre  o assalto ao poder”(p.186).
A conspiração pois estava em marcha, há bastante tempo, levada avante, não diretamente pelos militares mas pelo complexo IPES/IBAD/GLC, articulados com a CIA e com a embaixada norte-americana que repassava dinheiros e acompanhava o desenrolar de todos os fatos.
Aproveitando-se a confusão política criada ao redor do Presidente João Goulart identificado como o portador do projeto comunista, este grupo viu a ocasião apropriada para realizarem seu projeto. Chamaram os militares para darem o golpe e tomarem de assalto o Estado. Foi, portanto, um golpe da classe dominante multinacional associada à nacional, usando o poder militar. Conclui Dreifuss: “O ocorrido em 31 de março de 1964 não foi um mero golpe militar; foi um movimento civil-militar; o complexo IPES/IBAD e oficiais da ESG organizaram a tomada do poder do aparelho de Estado”(p. 397). Especifica Dreifuss: ”O Estado de 1964 era de fato umEstado classista e, acima de tudo, governado por um bloco de poder”(p. 488). E especificamente afirma: ”A história do bloco de poder multinacional e associados começou a 1º de abril de 1964, quando os novos interesses realmente tornaram-se Estado, readequando o regime e o sistema político e reformulando a economia a serviço de seus objetivos”(p.489).
Para sustentar a ditadura por tantos anos criou-se uma forte articulação de empresários, alguns dos quais financiavam a repressão, os principais meios de comunicação, magistrados e intelectuais anticomunistas declarados, entre outros. A Doutrina de Segurança Nacional não era outra coisa que a Doutrina da Segurança do Capital.
Os militares inteligentes e nacionalista de hoje deveriam dar-se conta de como foram usados não contra uma presumida causa – o combate ao perigo comunista – mas a serviço do capital multinacional e nacional que estabeleceu relações de alta exploração e de grande acumulação para as elites oligárquicas, articuladas com o poder militar. O golpe não serviu aos interesses nacionais globais, mas aos interesses corporativos de grupos nacionais articulados com os internacionais sob a égide do poder ditatorial dos militares.
A Comissão da Verdade  prestaria esclarecedor serviço ao país se trouxesse à luz esta trama. Ela simplesmente cumpria sua missão de ser Comissão da Verdade. Não apenas da Verdade de fatos individualizados de violência de Estado mas da Verdade do fato maior da dominação de uma classe poderosa, nacional associada à multinacional que usou o poder discricionário dos militares para operar, tranquilamente, sua acumulação privada à custa da maioria do povo brasileiro.
Os 21 anos de regime ditatorial nos privaram da liberdade, causaram muitas mortes e desaparecimentos, um atraso político e um oneroso padecimento a todos.
Leonardo Boff é teólogo, filósofo, membro da Iniciativa Internacional da Carta da Terra e escritor.


MINISTRO JOAQUIM BARBOSA - DIZ O QUE O POVO TEM VONTADE DE DIZER

Imprensa se cala diante do fato de Chico Buarque se beneficiar de verba do Ministério da Cultura


Pegando carona – Para reforçar a patrulha ideológica que há muito funciona no Brasil, o PT criou um extenso grupo de obtusos amestrados que monitoram aqueles que criticam as ações do partido e principalmente do governo federal, como se discordar em um regime democrático fosse crime. Enquanto o golpe não chega, o ucho.info continuará resistindo às investidas covardes desses totalitaristas que chegaram ao poder por meio de promessas vãs e populismo rasteiro.

Dez entre dez comunistas adoram mamar no úbere oficial. E esse vício vem de muito tempo. Como ninguém é de ferro, o cantor e compositor Chico Buarque não resistiu à tentação e aproveitou que a irmã, Ana de Hollanda, está à frente do Ministério da Cultura para dar se beneficiar do suado dinheiro do contribuinte.
Com ajuda indireta do Ministério da Cultura, Chico receberá dinheiro oficial que permitirá a tradução do livro “Leite Derramado” para o idioma coreano. O que ajudará o cantor a vender sua obra em parte do mercado asiático.
Esse acoite ao dinheiro dos brasileiros só será possível porque a Biblioteca Nacional, vinculada à pasta comandada por Ana de Hollanda, aprovou o financiamento para a tal tradução. Em 2011, o Ministério da Cultura chegou a cancelar o apoio da tradução do mesmo livro para o francês, sob a desculpa de conflito fraternal de interesses. Amparada em decisão da Comissão de Ética Pública, Ana de Hollanda cometerá a amoralidade e a imoralidade de ajudar o irmão.
Se isso tivesse acontecido durante o período em que o PT liderava a oposição, a gritaria já teria alcançado as ruas e também as páginas da imprensa que os atuais donos do poder insistem em chamar de golpista, apenas porque resiste à tentativa de golpe que cresce a cada dia.
Chico Buarque é um blasé conhecido, que se faz de politicamente correto apenas para esconder seu couro oportunista. Quem quiser traduzir seus próprios trabalhos que enfie a mão no bolso, pois o acesso à cultura no País é simplesmente uma ode à vergonha. Do contrário, que a ministra custeie a operação com o salário que recebe do povo brasileiro.
Quando Maria Bethânia tentou dar uma beliscada nos cofres federais para criar um site, a imprensa não deu trégua. Agora, com Chico Buarque na berlinda, poucos foram os jornalistas que colocaram o assunto na alça de mira.



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Estudo revela que pré-candidatos de Nova Iguaçu interagem pouco com eleitores que utilizam as redes sociais







Cintia Papa
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Os pré-candidatos à prefeitura de Nova Iguaçu praticamente ignoram os eleitores que usam as redes sociais. Esta foi a conclusão do Índice LabPop — um estudo realizado pela LabPop Content, que mede a influência das mídias digitais nas vidas das pessoas.
Foram analisados o número de seguidores dos políticos, a repercussão dos conteúdos, a interação com os internautas e a qualidade das mensagens.
Os prefeitáveis Waguinho (PC do B) e Rogério Lisboa (DEM), que fizeram mais pontos na pesquisa, usam as redes sociais diariamente e concordam que são canais importantes.
O deputado federal Nelson Bornier (PMDB) e a prefeita Sheila Gama (PDT) disseram que estão providenciando os perfis.
Marcos Fernandes (PRB) se preocupa com o que pode na internet na campanha. O deputado Xandrinho (PV) diz que só utiliza o e-mail. O deputado federal Walney Rocha (PTB) não foi encontrado.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

18 de maio é o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual Infanto-juvenil.


Cidades do Brasil e exterior vestem preto na luta contra pedofilia


Com o objetivo de mobilizar e alertar a população para os crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes, o vereador e presidente da ONG MT Contra a Pedofilia MT Antonio José de Oliveira Toninho do Gloria líder da bancada do (PV), tem acompanhado  a maratona  visando o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual Infanto-juvenil”.

O vereador, que é o coordenador da campanha “MT de Mãos Dadas Contra a Pedofilia” e ganhou projeção mundial, pede para a população usar preto, como forma de protesto a esse crime que fere o físico e emocional da vitima. “Não podemos nos calar diante de um crime bárbaro como este, que destrói a vida não só da vitima, mas de toda a sua família”, comentou.

Além de Cuiabá (MT) no comando da primeira dama Norma Galindo, , as cidades de Florianópolis (SC), Manaus (AM), Jacareí (SP),  Tupã (SP), São Lourenço da Mata (PE), Ourinhos (SP), Ribeirão Preto (SP), Recife (PE), Santa Barbara d’Oeste (SP), São Paulo, Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Aguai (SP), Uberlândia (MG), São João da Boa Vista (SP), Rio de Janeiro, Cataquases (MG), Limeira (SP), Jaguariúna (SP), Brasília, Ilha Solteira (SP), Praia Grande (SP), Piranhas (AL), Itapetininga (SP), Volta Redonda  (RJ), Itapecerica (MG), Santa Monica (PR), Itápolis (SP), Divinópolis (MG), e  o estado de Sergipe  irão fazer parte da manifestação. A data também será lembrada em Portugal, na cidade San Miguel de Tucuman, Argentina e Dublin na Irlanda.

O parlamentar alertou que o combate a pedofilia tem início em casa, por intermédio dos pais, que devem orientar e ensinar seus filhos que não podem ser tocados por um adulto e tomar cuidado com vans escolares, professores e pessoas que tentem um contato mais íntimo, alertando que devem confiar neles e relatar qualquer ato desta natureza e deixou bem claro que a pedofilia pode ser real ou virtual.

De acordo com reportagem publicada pela revista Istoé, 76 por cento de todos os pedófilos do mundo estão no Brasil, que é o líder em numero de sites de pornografia infantil, com cerca de  mil novos portais de pedofilia entrando no ar todos os meses. Destes, 52 por cento tratam de crimes contra crianças de 9 à 13 anos, e 12 por cento expõem crimes contra bebês de até três meses de idade, com fotografias de cunho sexual explícito.

A pesquisa também mostra que os compradores destes produtos têm perfis variados e características comuns e bastante marcantes. Acredita-se que 95 por cento dessas pessoas sofreram abuso sexual na infância ou na adolescência.

“ Fique assustado com os dados da pesquisa que mostra o crescimento do mercado para esse tipo de crime. Segundo a pesquisa, algumas fotos caseiras, com cenas de nudez infantil, chegam a ser vendidas na rede por até US$ 100 e vídeos também caseiros podem ser vendidos por até mil dólares”, comentou Toninho do Gloria.

Existe um comércio que alimenta a rede de pornografia infantil on-line onde fotos e vídeos de crianças são vendidos e chegam a movimentar bilhões de dólares por ano no mundo. Segundo pesquisa realizada nos EUA, a cada cinco crianças que navegam na internet, uma recebeu proposta de um pedófilo, e uma a cada 33 já se comunicou, através de telefone e recebeu dinheiro ou passagem para se encontrar com um criminoso. Pais e filhos, inconscientes dos perigos da rede são presas fáceis de pedófilos. Uma criança ingenuamente não identifica um adulto se passando por um amiguinho da mesma idade.

A internet facilita o contato dos pedófilos com suas vítimas, pois eles podem assumir qualquer personalidade e usar uma linguagem que atraia crianças e pré-adolescentes. Há 10 anos, os pedófilos precisavam recorrer a clubes fechados para trocar informações ou satisfazer seus prazeres.

A maioria dos abusos sexuais com crianças é praticada por agressores identificáveis pela vítima. Cerca de 80 por cento a 85 por cento são do núcleo familiar, sendo que de 30 por cento a 40 por cento são pais ou padrastos. O agressor observa e acompanha a criança até encontrar o momento certo para agir. Geralmente, cria-se uma situação de domínio que, muitas vezes, impede a vítima de contar o que está acontecendo. Mais de 90 por cento dos casos não aconteceu uma única vez, principalmente por essa proximidade entre a criança e o pedófilo, que exerce uma posição de superioridade e controle dentro ou próxima ao núcleo familiar.

Cada criança reage de diferente, algumas contam imediatamente o ocorrido, outras podem levar anos. Uma grande parcela de mães ao ter conhecimento do fato toma providências para acabar com o abuso sexual. Outras que chegam a agredir a criança por achar que ela está mentindo. Existem casos que as mães foram coniventes, chegando a participar do ato sexual com os próprios filhos.

As crianças vitimas de abuso sexual apresentam no decorrer do tempo baixa auto-estima, depressão, sentimentos de estigmatização, auto-marginalização, passa a ter dificuldades de relacionamento, hostilidade com pessoas do mesmo sexo do agressor, disfunções sexuais, uso abusivo de drogas licitas e ilicitas e podem chegar a se prostituirem.

O parlamentar  lembra que o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) determina que é dever da família, da sociedade e do Estado cuidar das crianças e adolescentes. Daí a existência de uma ordem hierárquica na redação da lei, afinal, cabe primeiramente à família essa obrigação, mas quando ela não consegue garantir o direito mínimo para as crianças e adolescentes, entra em ação o Poder Público.

18 de maio
No dia 18 de maio de 1973, a pequena Araceli Cabrera Crespo, de nove anos incompletos, desapareceu da escola onde estudava para nunca mais ser vista com vida.

A menina foi espancada, estuprada, drogada e morta numa orgia de drogas e sexo. Seu corpo, o rosto principalmente, foi desfigurado com ácido. Seis dias depois do massacre, o corpo foi encontrado num terreno baldio, próximo ao centro da cidade de Vitória, Espírito Santo. Seu martírio significou tanto que esta data se transformou no “Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”.

Durante mais de três anos, o corpo da criança permaneceu na fria gaveta do Instituto Médico Legal de Vitória e segundo consta se interessar pelo caso e tentar uma punição para os culpados significava comprar briga com as mais poderosas famílias do estado, cujos filhos estavam sendo acusados do hediondo crime. Pelo menos duas pessoas já tinham morrido em circunstâncias misteriosas por se envolverem com o assunto.

A campanha “Todos Contra a Pedofilia”, que tem servido de exemplo e está sendo implantada em diversas cidades conta com o apoio do Ministério Público, Policia Federal, Policia Militar do Estado de São Paulo, Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), deputados e senadores através de CPIs e da Frente Parlamentar Contra da Pedofilia e da população em geral.

Dicas para  proteger seus filhos da ação de pedófilos na internet

* Mantenha o computador em uma área comum da casa;
* Acompanhe as crianças quando utilizar computadores de bibliotecas;
* Navegue algum tempo com a criança internauta. E guie seu filho no mundo virtual;
* Aprenda sobre os serviços utilizados pela criança, observe suas atividades na Internet;
* Encoraje a criança a relatar atividades suspeitas, ou material indevido recebido;
* Estabeleça regras razoáveis para a criança. E tempo de permanência na internet;
* Se necessário, opte por programas que filtram e bloqueiam sites;
*  Monitore sua conta telefônica e o extrato de cartão de crédito.
*  Instrua a criança a nunca divulgar dados pessoais na internet;
* Conheça os amigos virtuais da criança sobre a criança.
*  Cuide para que a criança não marque encontros com pessoas conhecidas através da internet sem sua permissão.
* Caso suspeite que alguém on-line está fazendo algo ilegal, denuncie-o às autoridades policiais ou ao site.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Cidinha Campos revoltada com uso da internet na política e com o bloguei...







Crianças estupradas e sodomizadas em páginas do Facebook




ESCRITO POR CHELSEA SCHILLING | 14 MAIO 2012 

INTERNACIONAL - ESTADOS UNIDOS

O Facebook se tornou é um paraíso de pedófilos

(MATERIAL EXPLÍCITO: Esta reportagem contém imagens fortes de abuso sexual de crianças, conforme mostrado em várias páginas do Facebook. O WND imediatamente denunciou imagens de pornografia infantil e abuso sexual de crianças ao FBI. As fotografias censuradas aqui publicadas estão entre as mais moderadasque encontramos.)


Ela é baixinha, morena, com olhos castanhos, mal completou 10 anos, e está nua; posando para o homem que a estuprou e trocou sua foto como moeda com milhares de predadores insaciáveis no Facebook.

A menina não sorri, porque sabe o que virá depois. Seu agressor irá compartilhar fotos e ganhar o direito de se vangloriar diante de milhares de outros depravados iguais a ele, que irão trocar suas próprias fotos eróticas (geralmente enviadas de celulares) de meninos e meninas que eles estupram.
Ela é linda. Aliás, poderia ser sua filhinha ou sua irmã mais nova. Seus cachinhos pendem sobre a sua jovem pele. Seu corpo nu mostra claramente que ainda não se desenvolveu. Mas tornou-se um brinquedo sexual, uma figurinha colecionável para adultos, um meio de excitar depravados sexuais pelo mundo.
Existem muitas outras meninas e meninos como ela; não em alguma revista vulgar nos fundos de uma livraria adulta, nem em um vídeo caseiro do Bairro das Luzes Vermelhas, nem nos becos de Bangladesh, mas em páginas de uma das mais bem sucedidas entre as novas empresas de internet no mundo.
Descubra o lado negro do Facebook, uma empresa onipresente com sede nos Estados Unidos, que está para fazer uma oferta pública inicial em que se espera avaliar a empresa em 100 bilhões dólares.
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Outro perfil mostra um garotinho de cerca de 8 anos, que se parece com um jovem esportista ou escoteiro da vizinhança. Ele foi forçado a se despir em uma cama, segurar os tornozelos atrás da cabeça para que seu captor fotografasse sua genitália e seu ânus.
Outro garoto, de cerca de 12 anos, está deitado de barriga para baixo em uma cama enquanto um homem adulto o penetra. A foto foi enviada por um celular, tirada ao vivo por uma terceira pessoa no quarto que observava o estupro da criança e enviava a imagem ao Facebook.
Em outras páginas, os depravados da pornografia infantil compartilhavam uma foto de duas meninas nuas se beijando e trocando carícias em um ambiente externo. Outro menino ainda, que aparenta cerca de 4 anos, recebendo sexo oral de uma criança cerca de dois anos mais velha.
Outras crianças na mesma faixa etária são mostradas sodomizando umas as outras, ou sendo estupradas por homens ou mulheres adultas, com links das fotos e vídeos postados no Facebook. Álbuns inteiros de meninos e meninas explorados estão visíveis para o público e compartilhadas com um mero clique.
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Um usuário do Facebook identificado como “Kidsex Young” rapidamente adiciona outros com interesses similares para trocarem fotos e vídeos de abusos.


Na página do Facebook chamada de “Kidsex Young”, um homem pergunta aos outros, “Vamos trocar vídeos?” Outro usuário posta o vídeo de um homem nu acariciando um bebê em uma cama.

Perfil de um Predador do Facebook

Como parte de uma investigação secreta, o WND utilizou perfis falsos no Facebook e localizou dezenas de imagens de pornografia infantil após adicionar vários prováveis pedófilos e predadores que trocam milhares de fotos pornográficas na rede social.

Durante a investigação, comunidades inteiras de predadores foram facilmente encontradas no Facebook. Os pornógrafos infantis utilizam os grupos como pontos de encontro para encontrar outros com interesses similares. Muitos dos agressores listam interesses similares em seus perfis, incluindo termos como “treze”, “Lolita”, “Justin Bieber”, “incesto” e “PTHC” (sigla em inglês para “pornografia explícita pré-adolescente”). Suas atividades podem incluir “Receber fotos eróticas”, e assinam páginas de fãs explícitas no Facebook, postadas à vista de todos.
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 “PedoBear”, desenho de um urso pedófilo, utilizado por pedófilos para identificarem um ao outro no Facebook.


Na maioria dos casos, pedófilos e pessoas que compartilham pornografia infantil possuem dois tipos de amigos: 1) pervertidos sexuais que possuem interesses similares e 2) crianças inocentes que eles encontraram e adicionaram no Facebook. Muitos predadores estabelecem um relacionamento virtual com uma criança, convencem-nas a enviar fotos provocantes ou até mesmo as convencem a se encontrar com eles pessoalmente.
Os nomes abaixo são de grupos e páginas reais atualmente ou anteriormente disponíveis para usuários do site de todo o mundo:
Kidsex Young
Preteen Lesbians
10-17 Teen Bisexual
Incest (“curtido” 2,119 vezes em 19 de abril de 2012)
PTHC (preteen hard-core pornography)
12 to 13 Boy Sex
Young Gay Pics and Movie Trade
Gangbanging
Hot and Teen Lesbians
Bl*wjob Fan Page (curtido 1,662 vezes em 20 de abril de 2012, a maioria por meninas e algumas jovens aparentemente adolescentes)
Young Lesbians
Teen Sex
Love Little Kids
Incest Forever
Menfor Babygirls
Sex Little Girls
Nude Teens
F**k Young Girls
F**k Young Boys
Como o nome sugere, o “PedoBear” é um desenho de um urso pedófilo, utilizado por pedófilos para identificarem um ao outro no Facebook. No momento dessa reportagem, havia 267.064 páginas “curtidas” de dezenas de páginas cheias de grupos que continham o termo “PedoBear”. Em alguns desses grupos, o WND encontrou imagens bastante preocupantes.
Parece haver poucas restrições a esses grupos pela rede social.
Apesar de repetidas solicitações, o Facebook não respondeu as ligações telefônicas e e-mails do WND a respeito das numerosas imagens, vídeos ou páginas explícitas direcionadas a depravados sexuais.
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Michelle Collins é vice-presidente da divisão da exploração de crianças no Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas, conhecida pela sigla em inglês NCMEC. O Ministério da Justiça dos EUA financia a organização sem fins lucrativos, que mantém um canal para denúncias de pornografia infantil e envia as pistas para as agências de segurança apropriadas.
Ela disse ao WND que o NCMEC recebe denúncias de todas as redes sociais.
“Se eles obtiverem conhecimento, a lei exige que denunciem”, afirma Collins. “Com a natureza global disso e com empresas do tamanho do Google, Facebook e outros, há indivíduos utilizando seus sistemas de todas as partes do globo. Então, em muitos casos, recebemos denúncias de empresas que indicavam que imagens de pornografia infantil eram enviadas de [locais pelo mundo]… A média no ano passado foi de cerca de três dias para que o conteúdo fosse removido”.
Ao ser perguntada se as páginas e grupos explícitos do Facebook poderiam agravar o problema, permitindo que milhares de predadores de crianças interagissem para trocar fotos, Collins acredita que sim: “Existem palavras-chave que indicam que indivíduos com interesses comuns por crianças estariam debandando para… Acredito que essa é uma razão muito boa”.
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Por trás das imagens

A maioria desses predadores não está simplesmente procurando imagens de pornografia infantil. Em um estudo conduzido em 2007 pela Agência Federal de Prisões, no qual psicólogos conduziram uma pesquisa de opinião detalhada sobre o comportamento sexual de criminosos virtuais, 85% deles afirmaram ter cometido abuso sexual contra menores, de toques inapropriados a estupros.

O Ministério da Justiça dos EUA explica: “Na maioria dos casos de pornografia infantil, o abuso não é um acontecimento que ocorreu uma única vez, mas uma vitimização contínua que progride ao longo de meses ou anos.  É comum que os produtores de pornografia infantil cuidem de crianças ou cultivem um relacionamento com a criança, para com o tempo gradualmente sexualizar o contato. O ato de cuidar estimula uma falsa sensação de confiança e autoridade sobre uma criança com vista a insensibilizar ou quebrar sua resistência ao abuso sexual”. 

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Essa foto foi encontrada em um álbum postado em um dos vários perfis do “PedoBear”, personagem de desenho que os pedófilos utilizam para identificarem um ao outro.


Richard Lepoutre esteve ativamente envolvido na luta para proteger crianças do abuso sexual por mais de 25 anos, e é cofundador da luta contra pedófilos no Facebook com a campanha Parem com a Pornografia Infantil no Facebook. Ele também trava uma batalha contra a exploração comercial do sexo por meio do seu trabalho nas campanhas Stop Online Exploitation (Parem com a Exploração Online) e Men Against Prostitution and Trafficking (Homens Contra a Prostituição e o Tráfico).

“Não é apenas uma questão de imagens”, afirma Lepoutre. “Na maioria dos casos, essas imagens estão associadas a crianças abusadas sexualmente. Sabemos que isso é o que está acontecendo. Eu teria o cuidado de não caracterizar isso como pessoas ruins tirando fotografias de menininhas nuas ou seminuas. É muito mais do que isso, porque em quase todos os casos essa sessão fotográfica é a foto ou a filmagem do estupro de fato da criança”.
O colaborador de Lepoutre nessa batalha contra a pornografia infantil é Raymont Bechard, autor de “The Berlin Turnpike: A True Story of Human Trafficking in America“, "Pedágio de Berlim: Uma História Verídica do Tráfico de Pessoas nos Estados Unidos”), uma análise histórica da exploração comercial do sexo e do seu lugar dentro de todas as comunidades americanas. Berchard também escreveu “Unspeakable: The Truth Behind the World's Fastest Growing Crime” (“Inominável: A Verdade por Trás do Crime que Mais Cresce no Mundo”). Ele lançou a campanha Men Against Prostitution And Trafficking, uma comissão de ação política contra o tráfico de pessoas nos EUA, e é cofundador da Stop Child Porn on Facebook.
Em “The Berlin Turnpike”, Bechard explica: “Sites de redes sociais como Facebook, MySpace e Twitter mudaram o jogo completamente. Com uma enorme popularidade (e crescendo a cada dia que passa), esses sites gratuitos oferecem ferramentas muito poderosas para homens que compram sexo, cafetões e pedófilos que colecionam pornografia infantil. Em um estratagema de marketing brilhantemente tortuoso, cafetões utilizaram esses sites de maneira que os homens não precisam mais procurar mulheres nas esquinas ou na internet. Por meio das redes sociais, as mulheres vão a eles…
“Muito mais flagrante foi a utilização do Facebook por pedófilos para se conectarem uns aos outros pelo mundo e trocarem material sexualmente explícito de crianças, outra forma de tráfico de pessoas, conforme legislação americana”.
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Em um grupo do Facebook chamado de “Forbidden Incest” (Incesto Proibido), uma “adolescente” demonstra interesse por um “papai amoroso” e recebe resposta de vários pretendentes.
Bechart observa que um perfil do Facebook do início de 2011, sob o nome fictício de “Marcos Teia”, tinha mais de 500 “amigos” que trocavam fotos. Uma das primeiras imagens de sua galeria retrata uma criança de apenas 6 ou 7 anos.
“Ela não estava sorrindo na foto. Com a cabeça levemente inclinada para a direita, olhava envergonhada para a câmera. Seu cabelo estava arrumado em alto estilo, com fitas verdes e amarelas. Além da maquiagem, estava usando batom, lápis de olho e sombra. Estava em um ambiente externo, com o céu azul e colinas não identificadas no fundo. Segurava um boneco inflável do Patolino. E estava completamente nua”.
A coleção crescia a cada hora que passava. Depois que o perfil de “Marcos Teia” foi denunciado, desapareceu temporariamente, mas logo ressurgiu.
“Um dia ele estava no Facebook com centenas de amigos, cujos perfis também exibiam fotografias sexualmente explícitas de crianças e adultos no site da rede social, e no dia seguinte havia desaparecido. Poucos dias depois estava de volta, ávido por aceitar solicitações de amigos de quem quer que fosse”.
Bechard também encontrou o perfil de um “Marcos Robson”.
“As fotografias eram imagens explícitas de meninas, aparentando a idade de 3 a 9 anos”, explica. “As imagens mostravam essas meninas envolvidas em sexo vaginal, oral e anal. Algumas estavam imobilizadas com silver tape. De acordo com o mural do grupo, “sex little girls” tinha 51 membros e o número de fotos havia aumentado para 37, incluindo uma que parecia ser uma menina recém-nascida e a genitália de um homem adulto”.
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Os depravados sexuais utilizam páginas como a “Incest Forever” (“Incesto para Sempre”) para se encontrarem com outros que têm interesses similares.

Fazendo anúncios de sites de pornografia infantil
Bechard disse ao WND que os colecionadores de pornografia infantil estão lucrando com a postagem no Facebook de links externos para suas galerias de vídeos no Facebook.
“Muitas dessas pessoas possuem galerias secretas e links para vídeos que baixaram ou fizeram eles próprios”, afirma. “É aí que eles ganham dinheiro, com vídeos”.
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Durante uma investigação do WND, era comum encontrar links para sites externos de pornografia infantil, com títulos de fotos e vídeos. Abaixo estão alguns desses títulos:
“Arabian boy f–k his neighbor 13 yo” (“Menino árabe f**e seu vizinho de 13 anos”)
"Mom seduces son in bedroom” (”Mãe seduz filho no quarto”)
“Arabian teacher rapes his student” ("Professor árabe estupra aluno”)
“Boys f–k each other” (“Meninos f***ndo”)
“Arabian boy f–k his younger brother in the a–” (“Menino árabe f**e irmão mais novo no c*”)
“Circumcision of boys” (“Circuncisão de meninos”)
O administrador do grupo “Planet-of-Boys” (“Planeta dos Meninos”), postou um informe aos seus visitantes da sua página do Facebook:
“Visite nosso blog e bate-papo ao vivo, onde pessoas que amam meninos compartilham e-mails e links em segurança; você pode ser excluído se fizer isso no Facebook, mas em nosso blog você não será excluído e irá se divertir o tempo todo”.

“Eles não faziam ideia de que isso existia”

Bechard disse que um dos maiores obstáculos é o de superar a falta de conhecimento do público sobre a pornografia infantil no Facebook.
“Um dos problemas é o fato de poucas pessoas sequer saberem que esse problema existe”, afirma. “Ninguém sabe disso”.
Bechard e Lepoutre informaram aos gabinetes de congressistas que trabalham na área de abuso infantil e exploração comercial do sexo a respeito da pornografia infantil no Facebook.
“Eles não faziam ideia de que isso existia, porque todos confessaram que adoram o Facebook”, afirma Bechard. “A rede social os ajuda a se elegerem ou a evitar que outros se elejam. Todo mundo utiliza o meio”.
Segue uma reportagem local a sobre a assustadora tendência:


As pessoas que se importarem podem fazer o seguinte:




Se você deparou com algum conteúdo que aparente ser de pornografia infantil, denuncie imediatamente ao Centro de Denúncias de Crimes Virtuais do FBI.

(A Parte 2 dessa série de reportagens irá examinar a resposta do Facebook e de autoridades de segurança a respeito da atual batalha contra a pornografia infantil no Facebook.)

Tradução: Luis Gustavo Gentil